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Álvaro Machado Dias

O que, afinal, seria a internet do pensamento?

Álvaro Machado Dias

24/04/2019 21h42

A semente da loucura

Chamava-se Daniel. Entre todos os juízes exóticos que já passaram por este mundo, nenhum atingiu tão elevado patamar de elucubração delirante, nem tampouco foi retratado com tamanha sofisticação e reverência, fora das fortalezas impenetráveis da escrita jurídica.

Isso se torna ainda mais interessante tendo sido ele conterrâneo (Leipzig, Saxônia) e contemporâneo (1855-1875) de Richard Wagner, compositor que por meio de suas óperas catárticas teria plantado a semente da loucura que desabrochou no óbito misterioso do Rei Ludwig II da Baviera e instilado a morte por delírio de muitos outros, como Ludwig Schnorr von Carolsfeld, primeiro cantor a assumir o papel de Tristão, na famosa ópera em que este último se ferra por Isolda, a qual naturalmente acaba tendo o mesmo destino.

Pois do outro lado da fortaleza do direito – onde chegou ao cargo de presidente da alta corte de Dresden – Daniel foi tomado por um arroubo wagneriano e lançou Memórias de um doente de nervos (Denkwürdigkeiten eines Nervenkranken, 1903), limão que virou uma limonada nas mãos de Freud.

O pai da psicanálise queria expandir seus domínios para além das neuroses, explicando a origem e evolução das psicoses, o que serviu de estímulo para que usasse as memórias do juiz como substrato para teorizações que até hoje são consideradas "ousadas", como a de que desejos reprimidos poderiam levar a mais absoluta e irreversível insanidade.

O ponto alto do relato incidentalmente imortalizado de Daniel é o de sua emasculação à revelia. De acordo com ele, a certa altura Deus decidiu transformá-lo em mulher, usando raios divinos que entrariam em seu corpo por meio de uma estrutura de vasos comunicantes, que parece um prenúncio biológico da internet.

Na imaginação hiper-realista do juiz, as pessoas estariam conectadas umas às outras por meio de uma complexa rede de nervos, que possibilitaria que mensagens atravessassem distâncias várias, até aterrissar em mentes remotas. Em situações perigosas e incomuns, estes vasos poderiam se conectar à área logada de Deus, resultando no maior quiproquó. E quando isso rola, Deus não deixa barato.

A mitologia das mentes comunicantes

Longe de qualquer hospício (asilo, como eram chamados), essa ideia de conexão mental ocupa lugar especial entre nossas representações de presentes alternativos e possibilidades de futuro. Geralmente, com características distópicas.

Sejam as mentes presas na Matrix, que Neo descobre depois de tomar a famosa pílula vermelha; Jake Sully, que primeiramente controla um avatar com o auxílio de algumas tecnologias, a partir de sua própria mente, para depois fundir-se com ele; ou o Professor Xavier, mutante poderoso a ponto de prescindir da força física, o mito permanece o mesmo. Não é à toa que estes três estão entre os mais reverenciados heróis da nossa era.

Experiências religiosas de todos os matizes também evocam conexões remotas entre as pessoas, ao passo que, no plano da facticidade e seus simulacros, nenhuma habilidade cognitiva mostra-se mais intrigante do que a telepática.

Quem tiver tempo, deve ler o relatório ultra-top-secret que o governo americano liberou há pouco sobre os experimentos feitos com Yuri Geller (não espalhem). Vai entender que truque é esse que o cara dá, dentro de uma sala blindada, com três professores de Stanford observando e cinco agentes da CIA prontos para mandá-lo de volta para casa,  embalsamado.

Geller não foi um caso isolado. Por anos a fio (1975-1995), o RH do Programa Stargate (CIA) tinha vagas para "psychic readers" (videntes), cuja missão ia do mapeamento mental de inimigos à descoberta de pessoas desaparecidas. Muita gente saída desse programa criou metodologias baseadas na ideia de que, em algum grau, todos temos podemos acessar a mente e os olhos dos outros, uma vez que estaríamos conectados por alguma internet não mediada, como a da Matrix, Avatar e, claro, Daniel Schreber.

A vida social como representação de outrem dentro de nós

Na última década, desenvolvi a hipótese de que a prevalência desta manifestação do imaginário através de veículos, objetivos e eras deita raízes na própria maneira como a mente funciona.

Considere, por exemplo, essa ideia-chavão: "de cima de uma duna, o sol poente de Jericoacoara é tão belo que você se perde nele de olhos fechados, imaginando-o". Por que raios fechar os olhos e imaginar, quando a vista é tão bela? A resposta é simples: observar e acompanhar mentalmente aquilo que instantes atrás era observado são atividades contínuas na mente, as quais utilizam praticamente as mesmas áreas cerebrais.

Aquele que imagina, da cena não perde nada, ao passo que com isso consegue acomodá-la melhor em seus espaços de representação intimista.

A mesma coisa se dá na relação entre o ato de se escutar falando e a subvocalização, que é aquela vozinha sem decibéis, que usamos em nossos diálogos interiores. A voz de fora e a voz de dentro irmanam-se. Entre elas, não há muito mais do que algumas inibições a serem computadas.

O ponto alto deste raciocínio é a noção de que a proximidade entre as experiências de origem interna e externa igualmente serve à acomodação das intenções dos outros em nossa própria mente, na extensão das áreas cerebrais em que se registramos nossas próprias intenções.

Cada vez que compreendemos o que alguém quer dizer, a despeito de sua inabilidade para efetivamente chegar lá, cada vez que sacamos que por trás de determinada faceta dadivosa mora um vendedor ensandecido, cada vez que adentramos os medos e desejos, crenças e incertezas de outrem, toma forma uma das mais surpreendentes capacidades de que somos dotados, que é a de acolher o outro em espaços mentais da mais íntima natureza subjetiva, tal como se estivéssemos mesmos relacionados por uma internet de neurônios comuns.

A noção de conexões remotas entre humanos e destes com Deuses, enfim, emerge da própria maneira como a parte mental do nosso cérebro funciona. Trata-se de um verdadeiro invariante cultural, que se apoia em bases biológicas e por isso não deve nos deixar tão cedo.

Agora com vocês, o ceticismo

Uma conclusão deste raciocínio é que não podemos ser ingênuos ao associarmos representações do futuro – em qualquer época – à noção de mentes conectadas, a qual é simplesmente uma manifestação da nossa realidade social, mediada por um simbolismo de abrangência mitológica. Conexões remotas e misteriosas surgem e ressurgem, no mínimo, desde que o homem paleolítico pintava murais nas cavernas de Lascaux (sudoeste francês), há 17.000 anos.

A evolução de uma ideia pop

Refinado o grão de sal, há de se considerar que o ano de 2016 foi especial para este tema. Tendo por base uma pesquisa de quase uma década, um time de neurocientistas, liderado por Robert Freitas Jr., apresentou ao mundo o primeiro modelo conceitual de neuro-nano-robôs. Estes seriam pequenos automatas com capacidade de navegar por dentro do cérebro humano, sem lesioná-lo.

De acordo com esse pessoal, o futuro do cérebro chegará pelo desenvolvimento de três tipos de robôs: endógenos, gliais e sinápticos. Os primeiros residiriam dentro dos neurônios, monitorando sua atividade; os segundos habitariam a glia, que é a estrutura de sustentação do órgão, ao passo que os últimos ficariam colados às sinapses, que são as terminações que sustentam toda a transmissão de informação em nossa mente e nas partes não mentais do sistema nervoso.

As principais funções destes robôs seriam médicas: fazer diagnósticos precoces, o que naturalmente envolveria exportar dados lá de dentro, e reparar o órgão.

Em parte, por ser técnica demais e em parte por não abordar as questões imaginárias pelo ângulo mais excitante, o papo ali proposto não decolou entre jornalistas e formadores de opinião.

Porém a tribo global dos especialistas não ficou indiferente. A cada novo congresso, a cada nova lista de tendências, a ideia dessas interfaces homem-máquina galgava algumas posições e, com isso, novos entusiastas, dispostos a direcioná-la mais precisamente ao horizonte da nossa era, com seu inconsciente de futuros imaginados. E eis que finalmente a coisa toda ganhou o formato poderoso que se buscava, através da proposição de uma interface cérebro-nuvem ou, para ser mais direto, internet do pensamento (acesse o artigo seminal aqui).

O que afinal seria a internet do pensamento?

Internet do pensamento (B/CI) é a proposta de uma rede de transmissão de dados do cérebro para a nuvem e desta para o cérebro de outras pessoas. É a representação da ciência dos nossos tempos para muito daquilo que a ficção científica e mentes delirantes como Daniel Schreber asseguraram ter todo o sentido.

Entre seus proponentes, encontram-se figuras respeitadas como Mikhail Lebedev, da Universidade Duke e meu colega na Frontiers in Neuroscience (revista científica do grupo Nature), Nuno Martins, da Universidade da California e, como não poderia deixar de ser, uma pesquisadora da empresa do indefectível Ray Kurzweil, o cara que lidera algumas das principais discussões em futurismo e que você deveria pesquisar, caso nunca tenha ouvido falar.

Para que a internet do pensamento cumpra seu papel, deve ser capaz de realizar três grandes blocos de tarefas:

  • Receber e processar dados cerebrais em tempo real, convertendo-os em informação compartilhável numa nuvem.
  • Interpretar demandas por informações e imediatamente transmiti-las da internet para os neuro-nano-robôs instalados dentro do cérebro.
  • Conectar diferentes pessoas em seu íntimo, através da sincronização dos estados dos neuro-nano-robôs de seus cérebros (interface cérebro a cérebro ou "BTBI").

De acordo com os colegas citados acima, a viabilização da internet do pensamento basicamente dependeria da capacidade destes robôs para operar como o código neural, velocidade de transmissão de dados compatível com o desafio (em torno de 5.52 × 1016 bits/sec), com latência próxima de zero e muita, muita capacidade de processamento.

Segundo eles, as primeiras versões desta tecnologia devem dar as caras nos próximos 20 ou 30 anos.

Transcrevo abaixo um pingue-pongue com o supramencionado Dr. Nuno Martins, português radicado nos Estados Unidos, primeiro autor do estudo inaugural no tema.

1. No seu entendimento, o que seria a internet do pensamento?

Dr. Nuno Martins: A internet convencional trouxe ao mundo uma plataforma para armazenamento e processamento da informação e do conhecimento humano que veio revolucionar o acesso à informação, democratizando-o. Neste momento, a informação é acessível, mas o acesso não é imediato. Um utilizador tem de dispor de um dispositivo externo (computador, tablet, telemóvel) para que possa aceder à informação. A partir de neuro-nano-robôs, a internet do pensamento irá permitir que o ato de aceder à informação passe a ser tão natural como quando pensamos e nos recordamos de uma memória. Com a internet do pensamento, o nosso conhecimento coletivo passará a ser acessível a todos, apenas com o pensamento, e sem dispositivos externos. Não será necessário escrever num teclado, ou tocar num ecrã para que possamos aceder à informação.

2. Em quanto tempo deveremos ter um protótipo disso? O que dará para fazer com esse protótipo? Quais são alguns dos grupos de pesquisa já trabalhando com essa prototipação?

Dr. Nuno Martins: Os timelines de qualquer tecnologia são sempre difíceis de prever. Mas terá muito impacto nesse timeline o financiamento que consigamos atrair para esta área especifica da investigação tecnológica.

3. Entre todas as dificuldades a serem vencidas, qual a maior do ponto de vista técnico e qual a mais filosófica/existencial?

Dr. Nuno Martins: Qualquer nova tecnologia acarreta com ela benefícios e riscos. O fogo, por exemplo, pode ser usado para aquecer uma família no inverno, mas também pode ser utilizado para queimar florestas e causar destruição. A neuro-nano-robótica trará tremendos benefícios para a humanidade. Tudo será feito para que esta tecnologia seja aproveitada para o fim de ajudar a todos. Ela ajudará a resolver alguns dos grandes desafios da área da saúde, educação, pobreza, etc. Esta nova tecnologia poderá também ter impacto na medicina, permitindo tratar a vasta maioria das doenças associados ao Cérebro Humano, como Parkinson e Alzheimer.

Quando o assunto é complexo, os pontos de vista afloram

A visão do Nuno é claramente otimista, o que não significa que esteja errada. Não obstante, é importante considerar que nem todos compartilham da sua visão. Isso ficou claro na bola que bati com Eric Kandel (Universidade Columbia), ganhador do Nobel de Medicina e Fisiologia de 2000. Eric é considerado por muitos o neurocientista mais importante dos últimos cinquenta anos.

1. Você acredita em um futuro em que algum tipo de implante ou robô possa ser posicionado dentro do cérebro, de lá transmitindo dados, detectando doenças e coisas do tipo? Se sim, quando você acha que os primeiros sinais desta tecnologia estarão disponíveis?

Dr. Eric Kandel: Eu não acredito que um implante ou robô que possa ser abrigado dentro do cérebro será desenvolvido tão cedo. Talvez, nunca o seja.

2. Você acha que algo deste gênero seria bom para a humanidade ou você vê riscos de que os mais privilegiados tenham acesso cedo, enquanto outros não tenham, aumentando disparidades sociais ao redor do mundo?

Dr. Eric Kandel: Eu não acho que seja bom para a humanidade que os mais privilegiados possam acessar qualquer tipo de tratamento antes dos outros.

Trabalho com interfaces cérebro máquina há cerca de dez anos, especificamente no domínio da leitura de ondas cerebrais e controle de interfaces "com a força do pensamento", na universidade e fora dela. O princípio fundamental que aplico nessa área é o de que a intenção por trás de qualquer ação tem certos componentes neurológicos personalizados, que não mudam. Neste sentido, eles são tal como a escrita, cuja estilística permanece a mesma, a despeito daquilo que se escreva.

Partindo desta premissa, primeiramente procuro encontrar a estilística da intencionalidade para cada pessoa, a partir de suas ondas cerebrais. É menos complicado do que pode parecer.

Tendo feito isso, uso um tipo específico de inteligência artificial para medir o nível de engajamento intencional da pessoa em tempo real, e, com isso, permito que ela use essa "força do pensamento" para controlar coisas do mundo exterior. Por exemplo, um drone (carrinho, cadeira de rodas ou o que for) voará mais rapidamente (ou mais alto), conforme o engajamento intencional for maior.

Baseado em meus próprios estudos para fazer esse tipo de coisa e em reflexões sobre a natureza da comunicação neural, tenho uma posição intermediária a do Nuno e do Eric.

Acredito que viverei para ver robôs com capacidade de transmitir dados de dentro do cérebro. Não duvido que isso aconteça em 20 ou 30 anos. Estes dados permitirão diagnósticos, bem como outras coisas que não fazem parte da agenda central dos proponentes da internet do pensamento, como a reposição de partes de circuitos neurológicos e incremento cognitivo em portadores de déficits cognitivos, por meio da estimulação eletromagnética direta dos neurônios.

Indo mais longe, acredito que um encaminhamento natural da relação cada vez mais próxima entre inteligência artificial e neurociências é a criação de uma poderosa estação de processamento, que irá utilizar quantidades obscenas de dados extraídos do cérebro para se tornar cada vez mais capaz, melhorando sua interpretação dos próprios sinais cerebrais, enquanto aprimora a robótica por conta própria.

Neste ponto concordo com o pessoal da internet do pensamento, exceto em relação ao fato de que tal estação será uma nuvem. Ela mais provavelmente será um blockchain, assunto de uma série especial de ensaios que farei para vocês entenderem melhor como essa tecnologia revolucionária funciona e o que ela de fato representa para o nosso futuro.

Tudo isso contribuirá para o aumento da longevidade e qualidade de vida daqueles que tiverem acesso a tais tecnologias, assim como deverá impor um debate ético que já começa a se mostrar relevante, em outras searas.

Porém, tal não é nem será sinônimo de leitura do pensamento e, tanto menos, de transmissão de experiências, cérebro a cérebro. Eis a questão mais relevante que queria compartilhar com vocês, neste ensaio.

Da relação entre código neural e experiência e suas consequências para a internet do pensamento

Perguntar para o Eric Kandel o que ele acha dessa coisa toda não foi à toa. O Nobel que ele ganhou basicamente tem a ver com a demonstração de uma propriedade surpreendente das nossas experiências. Uma que eu tenho certeza que vai lhe parecer estranhíssima, ainda que não o seja para aquele seu antepassado animista, originário das florestas brasileiras do século XVIII.

Cada experiência memorável, cada memória de longo prazo armazenada em nosso cérebro tem uma relação com a matéria. Mais chocante ainda, esta materialidade molecular da memória é genética.

Quer dizer, a nossa biografia não é a mera estrutura digital de milhares de microfilmes que ressurgem à consciência. Ela depende de reações físicas no cérebro. O armazenamento de alguma coisa transformadora acontece porque genes são ativados e o estado cerebral responsável pela experiência em questão é amarrado por aminoácidos, que justamente permitirão que seja futuramente liberado à consciência.

Há um caminhão de consequências extraordinárias disso. Uma delas é que é possível passar certos tipos de aprendizados do cérebro de um ser vivo para outro. Aguarde que em breve vou fazer um ensaio sobre como isso funciona e qual o sentido mais profundo para a gente.

Outra consequência é que a mera transmissão de dados de neurônios para dentro da cabeça de outra pessoa tende a ser insuficiente para a reprodução da experiência de base do emissor, ou, para usar um termo mais preciso, para reproduzir a fenomenologia da mesma.

Imagine que você é um ex-policial que se afastou do emprego por estresse pós-traumático e que instalou neuro-nano-robôs em seu cérebro para ajudar a reparar determinados danos biológicos causados pelo estresse. Porque você estava sem grana, concordou em fazer um escambo bizarro e moralmente indecoroso, liberando suas experiências de mundo para que outra pessoa possa brincar de tê-las, mais ou menos como num parque de diversões movido a mescalina.

Em determinado momento, você escuta tiros. O som passa por diversos circuitos e finalmente chega ao córtex temporal, onde ganha o tratamento mais refinado. Dados de ativação de toda a circuitaria ativada até ali são imediatamente transmitidos para seu interlocutor remoto.

Para ele, trata-se de uma cena qualquer do mundo exterior; para você, do estopim de um mal-estar determinado por uma complexa atividade molecular que irá destravar algumas das memórias traumáticas que te afastaram do trabalho. As experiências de ambos serão muito diferentes. Isso vale para tudo.

Não é que exista algo extraordinário em toda e qualquer experiência que nos impeça de transmitir seus aspectos gerais para outrem; é simplesmente que ela não necessariamente se reduz a tais características. Para isso, não é preciso falar em repressões ou em inconsciente. Basta fechar os olhos e dar uma sacada geral na realidade polivalente da experiência de si mesmo. Bem-vindo à Matrix.

Sobre o Autor

Álvaro Machado Dias é neurocientista cognitivo, professor livre-docente da Universidade Federal de São Paulo, diretor do Centro de Estudos Avançados em Tomadas de Decisão, editor associado da revista científica Frontiers in Neuroscience, membro da Behavioral & Brain Sciences (Cambridge) e do MIT Tech Review Global Panel. Seus interesses intelectuais envolvem tomada de decisões de um ponto de vista cerebral, efeitos das novas tecnologias na compreensão do mundo, inteligência artificial, blockchain e o futuro da medicina. Contato: alvaromd@wemind.com.br

Sobre o Blog

Este blog trata de transformações de mentalidades, processos decisórios e formas de relacionamento humano, ditadas pela tecnologia. A ideia é discorrer sobre tendências que ainda não se popularizaram, mas que dão mostras de estarem neste caminho, com a intenção de revelar o que têm de mais esquisito, notável ou simplesmente interessante, de maneira acessível e contextualizada.